Q-Graders podem atualizar certificação com protocolo CVA até dezembro

Curso CVA for Cuppers tem dois dias de duração e investimento de R$ 2.500

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Em maio, a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) oficializou uma parceria com a Specialty Coffee Association (SCA) e assumiu a operação do programa educacional da entidade no país. O acordo inclui a implementação do Coffee Value Assessment (CVA) como protocolo nacional para avaliação de cafés especiais – Colômbia e Indonésia também aram a integrar, formalmente, o novo padrão internacional. O CVA, como já anunciado, substitui o antigo protocolo SCA, lançado em 2004.

Na prática, isso significa que todos os cursos da SCA — voltados a produtores, provadores (cuppers), torrefadores, gestores de qualidade e consumidores — am a ser oferecidos e certificados pela BSCA em território nacional. “Para além do CVA, a parceira SCA e BSCA se propõe a ampliar o o aos programas de treinamento e educação para a comunidade brasileira", explicou Vinícius Estrela, diretor-executivo da BSCA. A associação também está responsável pela tradução completa dos materiais e provas para o português, promovendo o amplo ao conteúdo.

Em encontro com jornalistas na semana ada, Carmem Lúcia Chaves de Brito, presidente da BSCA, afirmou que o CVA reconhece a singularidade dos cafés brasileiros. “Se avaliarmos nossos cafés única e exclusivamente com uma nota, estaremos diminuindo o que o Brasil tem para entregar ao mundo”, disse.

“Queremos mais pessoas nos países produtores que saibam o valor do café”, defende Yannis Apostolopoulos, CEO da SCA, durante o mesmo encontro. “E queremos tornar o conhecimento mais ível para todos”, completa. 

Segundo Apostolopoulos, a ideia de a BSCA assumir os cursos da SCA é formar uma comunidade de conhecedores de cafés especiais, com destaque, especialmente, para instrutores locais e consumidores. “Esperamos ter mais instrutores locais, e não trazê-los dos Estados Unidos", diz ele. “Vamos deixar disponível no mercado brasileiro um treinamento de nível internacional que conecta as duas pontas, produzindo assim uma grande revolução no consumo de café especial", completa Carmem Lúcia. 

Até 31 de dezembro deste ano, profissionais já certificados como Q-Graders podem atualizar sua certificação para o novo protocolo fazendo o curso CVA for Cuppers, com dois dias de duração e investimento de R$ 2.500. A formação já começou a ser feita em Curitiba e Campinas, e inclui capitais como Varginha, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro. De acordo com Estrela, mais de 60 turmas já estão previstas.“A BSCA tem organizado com escolas parceiras e instrutores habilitados cerca de 60 turmas para o CVA for Cuppers, para que a comunidade brasileira possa se atualizar e obter o fast track, com prazo até dezembro, para se tornarem Q Evolved", disse Estrela. 

O Q Evolved é o novo curso para Q-Graders, baseado integralmente no CVA, com seis dias de duração e ainda em desenvolvimento, que será lançado mundialmente em 1o de outubro de 2025. A expectativa da BSCA é ambiciosa: formar mais de 2 mil novos profissionais ou consumidores qualificados até o final de 2026. 

Um protocolo para o valor do café

O Coffee Value Assessment é uma metodologia desenvolvida pela SCA que propõe uma avaliação mais completa do café, indo além da análise sensorial tradicional ao considerar dimensões descritivas, afetivas, físicas e extrínsecas.

Para democratizar o o, a SCA implantou recentemente uma política global de precificação com base na renda de cada país, medida por PIB e paridade de poder de compra (PPP). O Brasil foi enquadrado no grupo intermediário, com valores ajustados à realidade nacional. “A partir da nova política de preços da SCA e da parceria com a BSCA, os brasileiros receberão um desconto de quase 50% no valor devido à SCA”, afirma Estrela. Para mais informações ou inscrições, basta entrar em contato com a BSCA pelo email [email protected].

Fomento ao consumo 

Para a BSCA, a iniciativa vai além da qualificação técnica. É também uma estratégia de fortalecimento do consumo interno e da imagem do café brasileiro no mundo. Segundo os cálculos da associação, o Brasil consome hoje 1,5 milhão das mais de 10 milhões de sacas de cafés especiais produzidas. “É fundamental que tenhamos um diálogo comum com o mercado global, para que o mundo entenda o que o Brasil tem a oferecer”, defende Carmem Lúcia.

Além disso, a entidade observa um interesse crescente dos brasileiros por cafés especiais — evidenciado pelo aumento de baristas em campeonatos, a ascensão de novas marcas e cafeterias, a expansão das certificações e o fortalecimento de políticas públicas ligadas ao turismo de cafés.

“Esse novo sistema de avaliação traz um respeito maior ao consumidor e também ao setor de produção”, conclui a presidente da BSCA. 

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Em maio, a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) oficializou uma parceria com a Specialty Coffee Association (SCA) e assumiu a operação do programa educacional da entidade no país. O acordo inclui a implementação do Coffee Value Assessment (CVA) como protocolo nacional para avaliação de cafés especiais – Colômbia e Indonésia também aram a integrar, formalmente, o novo padrão internacional. O CVA, como já anunciado, substitui o antigo protocolo SCA, lançado em 2004.

Na prática, isso significa que todos os cursos da SCA — voltados a produtores, provadores (cuppers), torrefadores, gestores de qualidade e consumidores — am a ser oferecidos e certificados pela BSCA em território nacional. “Para além do CVA, a parceira SCA e BSCA se propõe a ampliar o o aos programas de treinamento e educação para a comunidade brasileira", explicou Vinícius Estrela, diretor-executivo da BSCA. A associação também está responsável pela tradução completa dos materiais e provas para o português, promovendo o amplo ao conteúdo.

Em encontro com jornalistas na semana ada, Carmem Lúcia Chaves de Brito, presidente da BSCA, afirmou que o CVA reconhece a singularidade dos cafés brasileiros. “Se avaliarmos nossos cafés única e exclusivamente com uma nota, estaremos diminuindo o que o Brasil tem para entregar ao mundo”, disse.

“Queremos mais pessoas nos países produtores que saibam o valor do café”, defende Yannis Apostolopoulos, CEO da SCA, durante o mesmo encontro. “E queremos tornar o conhecimento mais ível para todos”, completa. 

Segundo Apostolopoulos, a ideia de a BSCA assumir os cursos da SCA é formar uma comunidade de conhecedores de cafés especiais, com destaque, especialmente, para instrutores locais e consumidores. “Esperamos ter mais instrutores locais, e não trazê-los dos Estados Unidos", diz ele. “Vamos deixar disponível no mercado brasileiro um treinamento de nível internacional que conecta as duas pontas, produzindo assim uma grande revolução no consumo de café especial", completa Carmem Lúcia. 

Até 31 de dezembro deste ano, profissionais já certificados como Q-Graders podem atualizar sua certificação para o novo protocolo fazendo o curso CVA for Cuppers, com dois dias de duração e investimento de R$ 2.500. A formação já começou a ser feita em Curitiba e Campinas, e inclui capitais como Varginha, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro. De acordo com Estrela, mais de 60 turmas já estão previstas.“A BSCA tem organizado com escolas parceiras e instrutores habilitados cerca de 60 turmas para o CVA for Cuppers, para que a comunidade brasileira possa se atualizar e obter o fast track, com prazo até dezembro, para se tornarem Q Evolved", disse Estrela. 

O Q Evolved é o novo curso para Q-Graders, baseado integralmente no CVA, com seis dias de duração e ainda em desenvolvimento, que será lançado mundialmente em 1o de outubro de 2025. A expectativa da BSCA é ambiciosa: formar mais de 2 mil novos profissionais ou consumidores qualificados até o final de 2026. 

Um protocolo para o valor do café

O Coffee Value Assessment é uma metodologia desenvolvida pela SCA que propõe uma avaliação mais completa do café, indo além da análise sensorial tradicional ao considerar dimensões descritivas, afetivas, físicas e extrínsecas.

Para democratizar o o, a SCA implantou recentemente uma política global de precificação com base na renda de cada país, medida por PIB e paridade de poder de compra (PPP). O Brasil foi enquadrado no grupo intermediário, com valores ajustados à realidade nacional. “A partir da nova política de preços da SCA e da parceria com a BSCA, os brasileiros receberão um desconto de quase 50% no valor devido à SCA”, afirma Estrela. Para mais informações ou inscrições, basta entrar em contato com a BSCA pelo email [email protected].

Fomento ao consumo 

Para a BSCA, a iniciativa vai além da qualificação técnica. É também uma estratégia de fortalecimento do consumo interno e da imagem do café brasileiro no mundo. Segundo os cálculos da associação, o Brasil consome hoje 1,5 milhão das mais de 10 milhões de sacas de cafés especiais produzidas. “É fundamental que tenhamos um diálogo comum com o mercado global, para que o mundo entenda o que o Brasil tem a oferecer”, defende Carmem Lúcia.

Além disso, a entidade observa um interesse crescente dos brasileiros por cafés especiais — evidenciado pelo aumento de baristas em campeonatos, a ascensão de novas marcas e cafeterias, a expansão das certificações e o fortalecimento de políticas públicas ligadas ao turismo de cafés.

“Esse novo sistema de avaliação traz um respeito maior ao consumidor e também ao setor de produção”, conclui a presidente da BSCA. 

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